Dados do Trabalho
Título
TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATORIO COMPARADO A INSPIROMETRIA DE INCENTIVO NO PRE-OPERATORIO DE CIRURGIA BARIATRICA
Introdução
Entre as estratégias que compõem o tratamento da obesidade, a cirurgia bariátrica parece ser o tratamento mais eficaz, embora acarrete alterações fisiopatológicas e maior risco de complicações pulmonares.
Objetivos
Avaliar no pré-operatório a efetividade do treinamento muscular inspiratório em relação à inspirometria de incentivo na força muscular respiratória, capacidade da tosse e presença de complicações pulmonares em sujeitos submetidos à cirurgia bariátrica.
Métodos
Ensaio clínico controlado e aleatorizado com 76 sujeitos avaliados no pré-operatório quanto à força muscular respiratória (manovacuometria) e pico de fluxo de tosse (PFT) alocados em grupo controle (GC) e grupo intervenção (GI), submeteram-se a 10 sessões pré-operatórias de reexpansão pulmonar, exercícios de membros superiores (MMSS) e esteira ou bicicleta ergométrica por 20 minutos. No período entre as sessões, receberam orientações domiciliares: GC inspirometria de incentivo (Respiron®) e GI treinamento muscular inspiratório (Powerbreathe®). Foram reavaliados na 10ª sessão pré operatória, no 1º e 30º pós operatório (PO). Para evolução e comparação da força muscular respiratória e pico de fluxo de tosse entre grupos utilizou-se modelos lineares mistos e para análise intragrupo, Anova two way.
Resultados
Entre os 76 sujeitos, 80% eram do sexo feminino com idade média de 35 anos. Após intervenção, o PFT (GC) aumentou de 86 para 97% do previsto e o GI de 88 para 99% e diminuíram no 1ºPO (76,2% e 78,6%, GC e GI respectivamente). Já a pressão inspiratória máxima (PImáx) foi 30% e 41% maior no GC e GI respectivamente e a pressão expiratória máxima (PEmax) 30% maior no GC e 10% maior no GI. PImáx e PEmáx diminuíram no 1ºPO, embora mantiveram-se em torno de 80% do previsto. No 30°PO recuperaram os valores pré operatórios basais da PImáx, PEmáx e PFT, sendo observado no GI valores maiores que no pré-operatório inicial.
Conclusões
Adicionar o treinamento muscular inspiratório a sujeitos obesos submetidos a um protocolo pré-operatório com treinamento aeróbico e exercícios respiratórios, não promoveu ganho na força muscular respiratória e na capacidade da tosse quando comparado a sujeitos obesos que receberam, além do treinamento aeróbico, a inspirometria de incentivo.
Área
Reabilitação e Fisioterapia respiratória
Instituições
Unicid - São Paulo - Brasil, Unifesp - São Paulo - Brasil
Autores
MONISE ALEXANDRA SILVA, GUILHERME BRAGA MORAIS, VINICIUS C. IAMONTI, LUCIANA DIAS CHIAVEGATO