Dados do Trabalho


Título

EXPERIENCIA INICIAL DE UM CENTRO DE REFERENCIA EM HIPERTENSAO ARTERIAL PULMONAR COM SELEXIPAGUE.

Introdução

Nos últimos anos, ocorreram avanços significativos no tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP). Devido à gravidade potencialmente fatal dessa condição, é de suma importância realizar o diagnóstico hemodinâmico e determinar sua etiologia, uma vez que diversas causas requerem abordagens terapêuticas específicas. A abordagem farmacológica atualmente se baseia em três vias fisiopatológicas: da prostaciclina, da endotelina e do óxido nítrico. A decisão de modificação para Selexipague, um agonista do receptor de prostraciclina, é tomada em pacientes que não respondem adequadamente à terapia inicial e como alternativa ao Iloprosta. Esta revisão tem como foco a medicação, sua estratégia de uso e a evolução clínica após a titulação.

Objetivos

O objetivo deste estudo é avaliar, de forma comparativa, a resposta e evolução clínica dos pacientes antes e após a introdução da terapia com Selexipague, além de comparar os resultados com as evidências atuais disponíveis na literatura.

Métodos

Estudo retrospectivo realizado através da coleta de dados em prontuários do ambulatório de Circulação Pulmonar no Incor HCFMUSP. Incluídos pacientes em uso de Selexipague. Não houve critérios de exclusão.

Resultados

Foram selecionados 6 pacientes adultos, todos do sexo feminino, que estavam em uso de dupla terapia com Sildenafil e Ambrisentana. Introduzido Selexipague entre julho de 2022 e julho de 2023 por não alcançarem resposta satisfatória com terapia inicial. Na avaliação dos dados, foi utilizada a estratificação de risco através do Compera 2.0 e REVEAL 2.0. Através ao registro prospectivo de terapias recém iniciadas para hipertensão pulmonar (Compera 2.0), identificado melhora clínica evolutiva em dois pacientes (33%), piora clínica em dois pacientes (33%) e manutenção de risco em dois pacientes (33%). Quanto ao REVEAL 2.0, utilizado para avaliar o risco de manejo a curto e longo prazo da HAP, observamos a mudança da estratificação de alto risco para baixo risco em apenas um paciente, enquanto os demais mantiveram a estratificação antes e após a introdução do Selexipague. Encontramos dois pacientes em alto risco, um paciente em risco intermediário e um paciente em baixo risco. Contudo, foi possível observar uma redução nas hospitalizações após a introdução da medicação.

Conclusões

Conclui-se que a evolução clínica após introdução de Selexipague não diferiu do que é encontrado na literatura atual, tanto em relação ao risco de mortalidade quanto ao número de hospitalizações.

Área

Doenças Vasculares Pulmonares

Instituições

Instituto do Coração HCFMUSP - São Paulo - Brasil

Autores

MAYRA DUARTE CASEIRO, ROGERIO DE SOUZA, JOSE LEONIDAS ALVES JUNIOR, CARLOS VIANA POYARES JARDIM, YALLY PRISCILA PESSÔA NASCIMENTO, LUIZA SARMENTO TATAGIBA, BEATRIZ VILACIAN ALMEIDA, LARA NASCENTES MACHADO, CAIO JULIO CESAR DOS SANTOS FERNANDES