Dados do Trabalho
Título
CIGARRO ELETRONICO: PREVALENCIA E CONHECIMENTO DO USO ENTRE ESTUDANTES DA AREA DA SAUDE
Introdução
O cigarro eletrônico (CE) surgiu como uma ferramenta que auxiliaria na suspensão do uso do cigarro convencional, porém, tornou-se uma nova forma de vício. Seu uso excessivo demonstrou causar lesões pulmonares relacionadas as substâncias liberadas pelo dispositivo, como metais tóxicos, carbonos voláteis, espécies reativas de oxigênio e furanos. Ainda assim, o consumo do dispositivo vem aumentando consideravelmente entre os jovens nos últimos anos.
Objetivos
O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência e o conhecimento do uso do cigarro eletrônico entre os estudantes da área da saúde do país.
Métodos
O projeto é de caráter observacional, transversal, descritivo e quantitativo. Utilizamos o questionário utilizado por Silva, T, 2020, no estudo “Conhecimento dos acadêmicos de odontologia sobre cigarro eletrônico e narguilé. A coleta de dados ocorreu entre agosto e dezembro de 2022. O questionário foi feito através do “google forms” e disparado através do “Instagran”.
Resultados
Foram respondidos 288 formulários. A amostra foi composta por 76,7% de mulheres e 22,9% de homens, com idade entr, provenientes de 34 universidades e 9 cursos superiores, sendo 1,4% da nutrição, 2,8% da psicologia, 3,5% da biomedicina/farmácia, 4,5% da medicina veterinária, 4,5% da fisioterapia, 12,2% da enfermagem, 15% da odontologia e 55,5% da medicina. Destes, 58,3% alegaram que nunca receberam informações sobre os malefícios do cigarro eletrônico durante seu curso e 83,3% disseram não ter oportunidade de discutir sobre o uso do cigarro eletrônico em sala de aula. A segunda seção do formulário foi respondida por 103 estudantes, que fazem ou já fizeram uso de CE. Entre eles, apenas 10,7% iniciaram o consumo como tentativa de parar de fumar o cigarro convencional, enquanto 53,4% começaram devido a oferta por amigos e 34% por curiosidade. Desta amostra, 27,7% não souberam relatar se o tabaco era uma substância presente no CE e quando questionados sobre seu conhecimento à cerca do CE 29,17% afirmaram conhecer muito e 7,30% não tinham nenhum conhecimento. Quanto aos locais, 63,1% relataram fazer uso dentro de algum meio de transporte, 17,5% na sala de aula e 8,7% em alguma área relacionada a promoção de saúde. Em relação a quantidade, 24,7% utilizam mais de 31 vezes ao dia, 32% entre 16-30, 23,5% entre 6-15 e 19,8% menos que 5, sendo mais utilizado durante o período noturno.
Conclusões
Entre os estudantes pesquisados, 35,76% fizeram ou fazem uso do cigarro eletrônico, entretanto somente cerca de 30% relataram conhecer sobre o mesmo e ainda é pouco discutido entre os estudantes da área da saúde. Cabe, portanto, as instituições iniciarem formas de conscientização do mesmo para seus alunos, promovendo saúde e formando profissionais mais capacitados.
Área
Tabagismo
Instituições
UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - São Paulo - Brasil
Autores
CARLOS EDUARDO BUENO, CAROLINA BOLFARINI GUIOTTI METTIFOGO, PATRICIA CINCOTTO DOS SANTOS BUENO