Dados do Trabalho


Título

PERSISTENCIA DE SINTOMAS RESPIRATORIOS MESES APOS O DIAGNOSTICO DA COVID-19

Introdução

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus que afeta o sistema respiratório. Os sintomas variam de leve, semelhante a um resfriado, a grave, incluindo pneumonia e dificuldades respiratórias. Até o momento, mais de 769 milhões de casos e cerca de 6,9 milhões de mortes foram relatados globalmente.
Muitos pacientes se recuperam completamente, enquanto outros enfrentam sintomas persistentes após a infecção, conhecidos como COVID-19 "longa" ou síndrome pós-aguda de COVID-19. Esses sintomas incluem fadiga, intolerância ao esforço, distúrbios do sono e dificuldades respiratórias, e podem persistir por meses após a infecção inicial. Estudos indicam que não é incomum que as pessoas continuem a sentir esses sintomas mesmo após um ano da infecção.

Objetivos

Este estudo tem por objetivo analisar a persistência de sintomas nos períodos de 3 e 6 meses pós-COVID-19 bem como os fatores fenotípicos, etários e metabólicos que contribuíram para pior prognóstico através de análise de históricos e espirometrias. Foram coletados os seguintes parâmetros: sexo, IMC, idade, gravidade da doença, capacidade vital forçada expiratória (CVF) em 3 e 6 meses, volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) em 3 e 6 meses e índice de Tiffeneau-Pinelli em 3 e 6 meses.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional descritivo, ou seja, foi realizado a análise descritiva dos dados, envolvendo a avaliação da função pulmonar por espirometria após 3 e 6 messes nos pacientes que tiveram a COVID-19. Foram convidados a participar os pacientes que ficaram internados em hospitais públicos e privados localizados em Rio Claro - São Paulo e que obtiveram confirmação da infecção por RT-PCR e/ou exame de sangue.

Resultados

Foram selecionados 76 pacientes de ambos os sexos, e após análise obtivemos as seguintes médias: idade de 45,3 anos; altura de 169 cm; peso de 83,2 kg; CVF de 77,4%; e IMC de 28,7 (kg/cm2).
A partir das informações obtidas, foi possível inferir que o gênero não desempenhou um papel determinante na intensidade da enfermidade. No entanto, tanto a idade quanto o grau de obesidade dos indivíduos tiveram um impacto direto na classificação da gravidade no pós-covid. É relevante notar que, passados 6 meses, a maioria dos pacientes demonstrou uma melhoria nos indicadores de função pulmonar, situando-se dentro da faixa normal de capacidade vital forçada.

Conclusões

A predominância de limitações pulmonares devido à idade e ao sobrepeso pode ajudar a prever riscos elevados de efeitos subagudos ou crônicos da COVID-19. Isso também auxilia na identificação do grupo que se beneficiaria mais de tratamento e acompanhamento rigoroso, evitando maiores problemas de saúde e custos ao sistema médico. Um achado importante é a melhora dos resultados dos testes de função pulmonar no segundo exame em relação ao primeiro, sugerindo uma possível recuperação a curto prazo ou uma fase subaguda. No entanto, a conclusão ainda é incerta devido às limitações da amostra e ao tempo de estudo.

Área

Função Pulmonar

Instituições

Centro Universitário Claretiano - São Paulo - Brasil

Autores

VICTOR FASSIS COROCHER, LUIS HENRIQUE NUNES DE SIQUEIRA AROUCA, LUCAS ASSIS CAMPOS, LUÍS GUSTAVO SILVA FRANCO, THIAGO ANTONIO MENEGHETTI, ANGELICA RAIZ CALABRIA , LUAN BENITE VIEGAS